Brasil
Manuela d’Ávila na FLICA 2025: “O nosso feminismo é pra mudar o mundo, não é pra gente ser feliz só”
Durante participação na mesa “Desafiar”, ao lado da escritora e educadora Bárbara Carine, a escritora e jornalista falou da luta feminista no Brasil e comentou sobre a polêmica que envolve a influenciadora Cíntia Chagas
Durante a mesa “Desafiar”, realizada no segundo dia da FLICA 2025, a jornalista e ativista feminista Manuela d’Ávila aproveitou o momento, diante de uma plateia lotada, para refletir sobre feminismo, igualdade de gênero e a importância de transformar o espaço público em um lugar seguro e inclusivo para todas as mulheres.
Em uma fala potente, Manuela destacou que a luta feminista precisa ser coletiva e politizada. “Eu me abasteço para tentar transformar esse mundo em lugar que seja bom para que todas nós vivamos do jeito que quisermos ser. E, para isso, é preciso transformar o feminismo num instrumento de luta política. Esse feminismo que nos engaja em um projeto de transformação radical, de emancipação de todas nós”, afirmou, conectando a dimensão ética e pessoal à ação política.
Numa intervenção da mediadora, a professora Georgina Gonçalves, a ex-deputada foi instada a falar sobre a polêmica recente com a influenciadora digital e educadora Cíntia Chagas, que veio a comentar publicamente sobre a violência doméstica sofrida, reconhecendo que sua antiga posição antifeminista era um mecanismo de fuga, fruto do fato de estar submersa a uma lógica conservadora que reduz a felicidade das mulheres à conquista de um casamento feliz. Reconhecidamente de direita, hoje Cíntia avalia a causa feminista como suprapartidária e confessa que recebeu mais apoio de mulheres da esquerda do que da direita.
“Aquele debate foi tão forte e tocou a todos nós, porque diz muito sobre emancipação. É preciso construir pontes e parar de dizer que estamos certas, e tentar trazer outras mulheres e outros homens pro nosso lado da luta, da emancipação das mulheres. Ainda que essa luta não seja igual entre mulheres brancas, negras, ricas e pobres”, ressaltou.
A ativista também refletiu sobre como as mulheres são educadas para priorizar o outro e não se colocarem como protagonistas de suas próprias histórias. “Amar o próximo como a nós mesmas não é simples. Nós somos educadas para pensar só no outro e jamais em nós mesmas como protagonistas da história. E, portanto, somos capengas na possibilidade de transformação. Acho que a gente precisa de uma equação, talvez um novo poder, um poder em que as mulheres se coloquem dentro da sociedade”, explicou, recebendo aplausos da plateia.
Ao longo do debate, Manuela lembrou ainda que as críticas e ataques que enfrentou, inclusive durante eleições passadas, revelam a caricatura construída sobre o feminismo e sobre mulheres públicas. “Nada do que nós fazemos é capaz de superar a violência que sofremos individualmente, porque ela é coletiva. É uma sacanagem parecer que é sobre uma de nós quando é sobre todas as mulheres. O meu feminismo não é pra reafirmar quem eu sou; eu fui a mulher mais votada proporcionalmente no Brasil, e o que adiantou? Pra eu ficar vaidosona? Não! A nossa luta é pra mudar o mundo e não pra ser feliz só”, concluiu.
Onde tem patrocínio à cultura tem Governo do Brasil! – A 13ª edição da FLICA tem patrocínio do Governo do Estado, através do FazCultura, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), Caixa, Petrobras, por meio do Programa Petrobras Cultural, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet e Governo Federal. É contemplado também pelo Projeto Bahia Literária, iniciativa da Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada da SecultBA, e da Secretaria Estadual de Educação (SEC). Conta com o apoio da EMBASA. A realização é da SCHOMMER, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeira e LDM (livraria oficial do evento).
Assessoria de imprensa: Vivas Comunicação Interativa – Tatiana Freitas
Fábio Costa Pinto jornalista Mtb 33.166/RJ – Divulgação.
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