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Jovens criam ferramenta de IA que auxilia moradores em áreas de risco – Projeto foi desenvolvido durante hackathon em São Paulo e dupla vencedora levou prêmio de R$ 20 mil

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Como uma família de baixa renda, atingida por um desastre natural, na periferia de uma grande cidade, pode acessar seus direitos? Hoje, esse acesso é difícil e burocrático. Mas dois jovens encararam o desafio, utilizando inteligência artificial para criar um protótipo de ferramenta para esse fim. A solução foi desenvolvida, em 36 horas, por Lorena Garcia, 18 anos, estudante de Administração, e David Alvarenga, 20 anos, estudante de Sistemas de Informação, ambos do Instituto de Tecnologia e Liderança (Inteli).

Eles foram os vencedores da primeira edição da maratona Devs de Impacto, que aconteceu neste fim de semana, em São Paulo. A dupla ganhou R$ 20 mil pelo primeiro lugar, além do prêmio individual de US$ 1,5 mil em créditos de API da OpenAI.

A proposta foi feita em formato de aplicativo e auxilia famílias em situação de despejo ou em áreas de risco. A plataforma acompanha todo o processo: descreve o caso, orienta a coleta e validação de documentos, organiza os argumentos e gera requerimentos e demais peças processuais. Todo o histórico fica registrado em blockchain, garantindo a integridade das informações. Segundo David, o diferencial é o acompanhamento até o fim do processo: “A maioria das plataformas só indica o caminho”, comenta.

Outros projetos de destaque levaram o segundo e terceiros lugares. Uma das ferramentas criadas propões a redução de 18 semanas para poucos dias o prazo de elaboração do Plano de Ensino Individualizado (PEI). O outro protótipo criado foi a Rota Social, plataforma que conecta voluntários a famílias em situação de vulnerabilidade, com base em dados do Cadastro Único.

O evento reuniu mais de 60 desenvolvedores e foi realizado pela ApplyBrasil e pelo iMasters, com apoio da OpenAI. Na abertura, Tatiana Oliveira, CEO da AI Brasil, reforçou o potencial da tecnologia de gerar impacto social. “Os desenvolvedores carregam o poder de transformar ideias em impacto real para a sociedade. Exercer esse poder com foco no bem comum é um dever de cidadania”, disse.

Para Célia Cruz, pesquisadora em Oxford que acompanhou os grupos, o diferencial do evento foi unir diversidade e propósito. “Quando os desenvolvedores se conectam com a própria realidade, seja no Norte, no Nordeste ou na periferia das grandes cidades, conseguem trazer problemas de seus territórios, fortalecendo a efetividade das soluções e ajudando a reduzir desigualdades”.

Próximas edições

A organização do evento acredita que a estreia em São Paulo cumpriu a missão de mostrar que a inteligência artificial pode ser aplicada a problemas urgentes e de interesse público. “Quando o foco de um hackathon é serviço público e impacto social com tecnologia de ponta, o ganho é ainda maior”, avaliou Tiago Baeta, fundador do iMasters.

Caio Coimbra, diretor executivo da ApplyBrasil, reforçou que o objetivo é dar escala às propostas sugeridas pelos jovens: “Unimos desenvolvedores para criar soluções aplicáveis a problemas reais, mostrando como a inovação pode gerar impacto concreto na vida das pessoas”.
Depois de São Paulo, o circuito segue para Curitiba (1º e 2 de novembro) e João Pessoa (8 e 9 de novembro).

podcast edinhotaon/ Edno Mariano

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