Brasil
Bárbara Carine e Manuela D’Ávila são escritoras confirmadas na Tenda Paraguaçu da FLICA 2025

O principal espaço da FLICA convida escritoras nacionais e internacionais como a baiana Lili Almeida e a peruana Gabriela Wiener
Na sua 13ª edição, a Festa Literária Internacional de Cachoeira – FLICA renova o propósito da Tenda Paraguaçu, maior espaço do evento, de ser um território fértil de encontros, onde a palavra desperta pensamentos, diálogos e debates construtivos. Entre 23 e 26 de outubro, a Tenda se transforma em um grande palco da força das mulheres na literatura e na educação da América Latina, reunindo mesas de destaque como “Desafiar”, no dia 24 (sexta-feira), com participação de Bárbara Carine e Manuela D’Ávila, e “Da leveza e da força”, no dia 25 (sábado), que recebe Lili Almeida e a escritora peruana Gabriela Wiener.
Na sexta-feira (24), às 10h, a mesa “Desafiar”, com mediação da professora e reitora da UFRB, Georgina Gonçalves, tem tudo para cumprir seu título e desafiar o público a refletir junto com duas vozes altamente potentes, importantes e profundas no cenário do pensamento social brasileiro atual. Para Wesley Correia, curador da Tenda Paraguaçu, será uma mesa marcada pela ousadia e pela coragem de mulheres inspiradoras que reafirmam o compromisso com a transformação social.
“Essa é uma mesa de mulheres com grande capacidade de incursão na sociedade e, juntas, Bárbara Carine e Manuela vão provocar o público a pensar em como é possível desafiar essa ordem secularmente estabelecida, marcada pelo patriarcado, machismo, racismo, misoginia, enfim, por muitas estratégias de segregação. Então a ideia é desafiar a ordem vigente, desafiar o tempo presente, que se mostra um tanto quanto assustador, na medida em que vemos posturas muito reacionárias e conservadoras se recrudescerem no Brasil e no mundo”, comenta Wesley Correia, curador da Tenda Paraguaçu.
Contra as múltiplas superficialidades – Autora de diversos livros, como o best‐seller Como ser um educador antirracista, vencedor do prêmio Jabuti 2024 na categoria Educação, a baiana Bárbara Carine é também professora, empresária, palestrante, sócia-idealizadora da Escola Maria Felipa, primeira escola afro-brasileira do país, além de influenciadora digital com o perfil “Uma intelectual diferentona”. A escritora adianta que, durante a mesa, vai caminhar pelas suas obras, ao mesmo tempo que fala sobre pautas necessárias que já vem levantando ao longo da sua trajetória, a exemplo da educação antirracista e da representatividade negra na literatura e nas ciências.
Enquanto uma pessoa que vive na linha tênue entre educação e influência digital, Bárbara Carine compreende que o maior desafio para a leitura do mundo atual é o imediatismo e a celeridade do acesso ao conhecimento. “As pessoas têm as urgências de sempre, mas elas cada vez mais têm menos tempo. O conhecimento, requer degustação, tempo de maturação, mas as pessoas vivem de vídeos, cada vez mais curtos, construindo uma vida a partir de múltiplas superficialidades, não se dá mergulhos profundos em muita coisa hoje em dia. A nossa juventude tem sido formada a partir desse paradigma nas redes sociais”, pontua.
No entanto, a educadora afirma que a leitura e as mídias sociais não são contraditórias, e sim complementares. “Eu acredito que devemos reforçar a importância da literatura, sem desconsiderar o avanço do mundo em outras direções. É importante pautar a relevância da literatura para o desenvolvimento humano, o nosso intelecto, os instrumentos do pensamento, para a cognição e a capacidade da escrita. E ter espaços como a FLICA evidencia isso, colocando a leitura em praça pública”, ressalta.
Para agregar ao bate-papo, Manuela D’Ávila trará do Rio Grande do Sul a sua bagagem de jornalista, escritora, ativista feminista, mestra e doutoranda em Políticas Públicas. Com uma trajetória consolidada na política, já foi a vereadora mais jovem de Porto Alegre, deputada federal, estadual e concorreu à vice-presidência do Brasil em 2018, se mostrando sempre muito firme na defesa da democracia, dos direitos das mulheres e no enfrentamento às desigualdades.
Mulheres fortes, escrita leve – Outra mesa muito esperada pelo público acontecerá no sábado (25), às 9h, quando a escritora baiana Lili Almeida encontra a escritora peruana Gabriela Wiener para uma conversa conduzida pela jornalista e poeta Kátia Borges. “Da leveza e da força” promete ser uma mesa em que temas fortes e sensíveis serão tratados de maneira leve a partir da reunião de duas escritoras intensas, cada uma resguardando as suas particularidades.
Lili Almeida conquistou notoriedade principalmente por meio de suas redes sociais, onde compartilha vídeos motivacionais, repletos de metáforas, conselhos e reflexões profundas sobre a vida. Com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram, a chef baiana transformou seus ensinamentos no livro “A gente merece ser feliz agora”, lançado em 2024. Além de chef, criadora de conteúdo e escritora, Lili é apresentadora do quadro “Da Manga Rosa”, no canal GNT, onde ensina receitas da culinária do Norte e Nordeste brasileiro, com ingredientes afrodisíacos e poesia.
Jornalista e escritora peruana radicada em Madri, Gabriela Wiener é uma das vozes mais ousadas da nova geração de escritoras latino-americanas. Ativista irreverente e provocadora, escreve regularmente para a imprensa espanhola, e distingue-se pela sua escrita autêntica e direta, que não teme quebrar barreiras, derrubar tabus e abordar temas íntimos e controversos de forma franca e destemida. Foi colunista do New York Times em espanhol, editora-chefe da Marie Claire Espanha e ganhou o Prêmio Nacional de Jornalismo do Peru pelo seu trabalho de investigação sobre a violência contra as mulheres. Na Espanha, faz parte do Sudakasa, um projeto coletivo de arte e escrita de migrantes.
“A escrita de Lili Almeida é muito voltada para o campo da gastronomia e da cultura, que traz memórias, afetos, vozes da negritude e da baianidade. O conteúdo dela transita entre a delicadeza e a capacidade de reafirmar a força da identidade negra em territórios simbólicos. Ao seu lado, temos a Gabriela Wiener, uma voz feminina potente que tem tratado em sua obra questões de corpo, sexualidade, maternidade e identidade, de forma muito profunda e corajosa. Essa mesa promete ser um momento de muita reflexão e de muita escuta por parte do público, porque o que essas mulheres têm a dizer são coisas importantes sobre o significado de viver e de escrever sendo mulher na Bahia, no Brasil, na América Latina”, avalia o curador Wesley Correia.
PROGRAMAÇÃO – Durante os quatro dias de evento, também marcarão presença outros nomes de peso na Tenda Paraguaçu, como Russo Passapusso, em participação como palestrante ao lado de Rita Batista e Marielson Carvalho na mesa de abertura “Ler é Massa!”; Mário Kertész, Nelson Pretto, Franciel Cruz e Mariana Paiva na mesa “A gente ri, a gente chora”; Lirinha, como convidado especial do “Sarau Vozes do Recôncavo”; Aline Midlej, uma das palestrantes da mesa “Nossas Vozes como a noite estrelada”; Lívia Natália, dividindo com Roseana Murray e Edma de Góis a mesa “Ser Poesia”; Mestre Bule-Bule, cordelista, repentista e figura emblemática da cultura popular nordestina; e o escritor palestino Atef Abu Saif, entre as atrações internacionais.
TODOS NA FLICA – Todos os espaços apresentam indicação etária livre e contam com acessibilidade. As atividades acontecerão em espaços distintos, todos com rampas de acesso e sanitários químicos para pessoas com deficiências.
A Tenda Paraguaçu, Geração Flica, Fliquinha, o espaço Bahia Presente e o Palco Ritmos terão intérpretes em libras visíveis, de frente para a plateia. Produtores estarão em cada espaço para acompanhar pessoas com deficiência e fornecer informações. Para as mesas literárias com autores estrangeiros, serão disponibilizados a todos, incluindo os deficientes visuais, fones de ouvido com áudio da tradução em português.
A 13ª edição da FLICA tem patrocínio do Governo do Estado, através do FazCultura, Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e Secretaria da Fazenda (Sefaz), Caixa e Governo Federal. É contemplado também pelo Projeto Bahia Literária, iniciativa da Fundação Pedro Calmon (FPC), unidade vinculada da SecultBA, e da Secretaria Estadual de Educação (SEC). Conta com o apoio da EMBASA. A realização é da SCHOMMER, em parceria com a Prefeitura Municipal de Cachoeira e LDM (livraria oficial do evento).
SERVIÇO:
TENDA PARAGUAÇU – FLICA 2025
Quando: 23 a 26 de outubro
Onde: Beira do Rio Paraguaçu, Cachoeira-BA
Assessoria de imprensa: Viva Comunicação Interativa – Tatiana Freitas
Divulgação: Fábio Costa Pinto jornalista Mtb 33.166/RJ
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