Mundo
Conhecendo a vida e obra de Carlos Alberto Plata Gómez

Por Luzia Moraes
Nesta entrevista, vamos mergulhar na prolífica trajetória de Carlos Alberto Plata Gómez, um santandereano cuja engenhosidade transcendeu fronteiras e disciplinas aparentemente díspares.
Desde o início como doutor em ciências jurídicas com uma tese inovadora que fundia a sociologia e a arquitetura, Plata Gómez demonstrou uma visão incomum.
Carlos Alberto Plata Gómez nasceu em 28 de dezembro de 1961 em Socorro (Santander). É o mais novo de 11 irmãos e seu pai faleceu quando ele tinha três anos. Estudou o ensino fundamental no Liceu Santa Teresita e o ensino médio no Colégio Universitário de sua cidade natal. Entre 1979 e 1983, cursou o ensino superior na Universidade Javeriana de Bogotá e obteve o título de doutor em ciências jurídicas. Ainda estudante, foi membro da diretoria do IDRD (Instituto Distrital para a Recreação e o Esporte).
Em 1985, quando tinha 23 anos, foi condecorado com o grau de comendador pelo IDRD, em reconhecimento às suas propostas e gestões em favor do esporte da capital. Em 1985, foi Secretário-Geral do Instituto de Desenvolvimento Urbano e, em 1986, gerente da Caixa de Compensação Familiar (Cofrem). Em 1986, como membro do Conselho de Planejamento de Bogotá, apresentou diferentes propostas para habilitar corredores ecológicos e consolidar programas de proteção de ecossistemas vulneráveis no cerrado de Bogotá. Em 2025, a Fibac do Brasil reconheceu seu trabalho na área esportiva e educacional em prol da formação de melhores seres humanos.
Entre suas conquistas, destacam-se as recebidas em 2014 pela Universidade Tecnológica de Pereira, onde recebeu a mais alta condecoração “Jorge Roa Martínez”. Em 2016, por ocasião do centenário de sua fundação, a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) concedeu-lhe um reconhecimento por proteger o patrimônio esportivo e cultural da América.
Durante vários anos, dedicou-se a trabalhar em propriedade intelectual, no desenvolvimento do conhecimento científico, em áreas tecnológicas em temas relacionados ao meio ambiente e à eficiência energética. Obteve sua primeira patente em 2009 (Escritório de Patentes dos EUA uspto / Grã-Bretanha, Alemanha, Hong Kong).
Para começar esta entrevista, comente por que sua tese para obter o título de advogado foi sobre arquitetura. Você desejava ser arquiteto?
A tese em que trabalhei foi um híbrido. Tinha de sociologia, de antropologia, de psicologia social, de arquitetura e várias referências à norma urbana. O trâmite para que a aceitassem não foi tão rápido, mas finalmente foi aprovada.
Para iniciar, o que o inspirou a escrever uma tese de graduação com tantos elementos e facetas que não são tão comuns para obter um título de advogado?
O conceito de comunidade e o sentido ecológico da vida humana. As cidades como as normas não podem ser ideias nem construções sem raízes, à margem de todo sentido histórico e experimental. A norma deve aprofundar-se no social para ter uma perspectiva integral e alcançar um equilíbrio entre a cidade, o campo e entre o natural e o artificial. É a única forma de ter mais claro o objetivo final do bem humano.
O que o fez interessar-se pelo mundo das patentes?
O desenvolvimento do conhecimento que se traduz em emprego, em qualidade de vida, em autonomia, em soberania, em equidade, em crescimento e em justiça social.
Em sua opinião, o que deve ser feito para que um país possa ter mais patentes?
Para impulsionar um desenvolvimento real, é fundamental priorizar patentes de alto impacto e reformular o modelo econômico para uma verdadeira economia do conhecimento, com investimentos de impacto e capitalismo consciente. A banca deve apoiar o capital humano, e a inovação deve ser o eixo central do crescimento. Requer-se autonomia em conhecimento, cultura que aceite o erro, financiamento suave, incentivos fiscais, infraestrutura avançada e capital de risco público-privado. Além disso, é vital fomentar a demanda sustentável, a transferência tecnológica e o acompanhamento legal e comercial para fechar brechas de mercado e entender as necessidades dos consumidores.
Segundo você, o que é preciso levar em conta para ser bem-sucedido?
Para ser bem-sucedido, primeiro devemos definir o sucesso como a capacidade de adaptar-se e decidir quando continuar ou reiniciar. Nosso enfoque se baseia em sete chaves: 1) Priorizar objetivos motivadores; 2) Escolher o caminho mais simples; 3) Usar ferramentas versáteis; 4) Manter o foco; 5) Fazer pausas para recuperar energia; 6) Não subestimar os riscos; e 7) Gerenciar bem as conquistas alcançadas. O sucesso depende de estratégia, disciplina e adaptabilidade.
Sua faceta de escritor é prolífica, quantos livros escreveu?
São aproximadamente 15 livros: Este balão tem uma história, Hitos de Kiso tomo I e II, Kiso e os 11 imortais, Kiso and the 11 immortals, Educando com o pênalti, Alexander O Dissidente, A década do balão” a nova diplomacia”, A década do balão” o ardil do imperador Victrix”, Os pergaminhos de Ikki I. “os sábios do Oriente”, Os pergaminhos de Ikki II. “os 11 imortais”, Assim nasceu o 7, Onka e Sete, Planet Ball, O espírito da montanha, Mazali “A Conquista da Europa”. Entre os quadrinhos, destacam-se: Os pergaminhos de Ikki “Os sábios do Oriente”, Os pergaminhos de Ikki “Reencontro”, Os pergaminhos de Ikki “Ikkikankou”, Os pergaminhos de Ikki “Consequências”, Os pergaminhos de Ikki “Tinta sobre madeira”. As publicações “A física e a química do pênalti” e os 111 marcos de Kiso foram premiados pela Andigraf, e o último título recebeu o prêmio de melhor coleção gráfica da Colômbia em 2016.
Segundo você, como a hiperinformação e o fluxo indiscriminado de informações estão nos afetando?
Somos governados pela ditadura da primeira impressão; subjugados pela tirania das aparências e seduzidos pelas fachadas exuberantes, pelas embalagens coloridas e por tudo o que pareça verossímil, mesmo que não seja real nem verdadeiro. Um enfoque verdadeiramente reflexivo nos permitirá decolar para dentro para entender a forma de voar para fora.
A conversa com Carlos Alberto Plata Gómez revelou a profundidade de uma mente que transcende os limites disciplinares, fundindo o direito, a invenção, a pedagogia e o esporte com uma visão holística. Seu enfoque no conhecimento como motor de desenvolvimento e sua filosofia da adaptação como chave do sucesso nos convidam a uma reflexão profunda. Plata Gómez não apenas nos mostra como o futebol pode ser uma metáfora da vida, mas também nos impulsiona a repensar nosso papel na construção de uma sociedade mais consciente e equitativa.
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