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“As Noites do Violão” acontece em Patrimoniu, na Córsega
- Duda Tawil, texto e foto, de Patrimoniu
Na ilha francesa da Córsega é agora verão e, em pleno Mediterrâneo, é de novo a vez do violão e das guitarras, de todos os tipos, gêneros e ritmos, tomarem conta do ar com a 34a edição de Les Nuits de la Guitare de Patrimonio ou As Noites do Violão de Patrimonio.
O delicioso festival foi aberto hoje, sábado, e segue até 26 de julho, com o palco montado no Théâtre de Verdure, ao ar livre, na praça central do vilarejo, no meio de campos de vinha, de alta reputação pela qualidade dos seus vinhos. Ele se chama, literalmente, (um) Patrimonio (sem acento!) cultural da belíssima Córsega.
É “o” encontro/rendez-vous anual de milhares de pessoas apaixonadas pelo violão e pela guitarra, vindas de toda a Europa, principalmente, e do mundo, em direção a um festival original, autêntico, único no gênero, e icônico com o passar dos anos. Na sua direção artística, Jean-Bernard Gilormini, um dentista ainda na ativa, violonista amador e amante das seis cordas.
Na programação das apresentações, neste ano: hoje teve Marcin, em primeira parte, e em seguida “The Gipsy Kings” com Nicolas Reyes.
Abriu o festival, em noite de muito vento, Marcin, um prodígio polonês, virtuose já há uma década na estrada. Com seu estilo “fingerstyle” (o toque dos dedos nas cordas sem o uso da palheta) e percussivo, a batida bem marcada e suas descargas do tipo notas supersônicas, ele eletriza com o violão acústico. Jovial e comunicativo, bilíngue, em inglês e francês, conquistou a plateia. Foi de Bach, Beethoven, Chopin, Bizet e Paganini ao pop do Nirvana, o grande Stevie Wonder, até “Smooth Operator” do repertório de Sade.
Célebre nos palcos do mundo todo, “The Gipsy Kings” entrou em cena, na sequência, para inflamar a plateia ávida por flamenco e ritmos endiabrados da guitarra cigana. Foi a primeira vez no festival, a autêntica formação do seu cofundador Nicolas Reyes e sua voz inimitável. Cada show deste extenso grupo coeso de cinco violões, mais um baixista, um tecladista/percussão e um baterista, há décadas é um convite para uma festa onde é impossível não bater as mãos, os pés, enfim, ficar parado. Uma sonoridade ímpar, uma sucessão de hits planetários como “Bamboleo”, “Djobi, Djoba” e “Volare” e tantos mais, e todo mundo (se) (en)canta!
Olé!
Amanhã, o domingo traz Rozedale, e depois Kyo; na segunda-feira, o Gipsy Jazz Friends (Adrien Moignard, Diego Imbert, Fanou Torracinta e Hugo Guezbar), seguido do cantor francês Thomas Dutronc.
O festival continua todas as noites, e dura no total oito sonoros dias, com Danakil, Groundation, Biréli Lagrène Power Trio, Michel Jonasz and friends, Kema Baliardo, Kendji Girac, High Fade e o rapper francês MC Solaar.
E no encerramento do próximo sábado, dia 26, Little Odetta, em primeira parte, e para terminar essa edição, o maravilhoso senegalês Youssou NDour & Le Super Étoile de Dakar.
Mais informações: www.festival-guitare-patrimonio.com e www.sdcommunication.fr
- O jornalista viajou a convite da organização do evento, através de Sylvie Durand (imprensa), do Ofício de Turismo e da Prefeitura de Patrimoniu
Foto:
Hoje, na abertura do 34⁰ festival, “The Gipsy Kings” com Nicolas Reyes à frente e ovacionadi, inflamou o público do Théatre de Verdure, em Patrimonio: olé!